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Autoria: Jeferson Marques, Renan Mascarenhas e Wagner Paulo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os quatro pilares da Educação - III e IV

3º Aprender a viver junto, aprender a viver com os outros.

            O mundo de hoje é, muitas vezes, um mundo de violência que acaba se opondo à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A história da humanidade sempre foi conflituosa, mas há elementos que mostram que a humanidade vem a ter um potencial maior de autodestruição no decorrer do século XX. Até hoje está sendo muito complicado para a educação modificar está situação com a violência, ela vem tentando modificar, porém é muito complicado dentro desta sociedade de hoje, que é totalmente capitalista.
            É louvável ter a ideia de ensinar a não-violência dentro da escola, mesmo que apenas constitua um instrumento, entre outros, para lutar contra os preconceitos geradores de conflitos. Está tarefa é um trabalho muito árduo porque, muito naturalmente, os seres humanos tem a tendência de supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem, e alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros.
            O que fazer para melhorar está situação? Seria procurar fazer um contato igualitário, e se existirem objetivos e projetos comuns, os preconceitos e a hostilidade latente podem desaparecer e dar lugar a uma cooperação mais serena e até à amizade.
            Pode – se dizer que a educação deve utilizar duas vias complementares, que seriam: “A descoberta do outro” e a de “tender para objetivos comuns”. A primeira que passar a ideia que a descoberta do outro é necessariamente a descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela a família, pela a comunidade ou pela escola, deves antes de qualquer coisa ajuda-los a descobrirem-se a si mesmos. Só assim poderão, verdadeiramente, por – se no lugar dos outros e compreender as suas reações. A segunda vem com a ideia que a educação formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes em seus programas para iniciar os jovens em projetos de cooperação, logo desde a infância, no campo das atividades desportivas e culturais, evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais: renovação de bairros, ajuda aos mais desfavorecidos, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações.

4º Aprender a ser

Neste pilar vem exprimir o temor da desumanização do mundo relacionada com a evolução técnica. A evolução das sociedades desde então e sobretudo o enorme desenvolvimento do poder mediático veio acentuar este temor e tornar mais legitimas ainda que lhe serve de fundamento. Será que é possível, em pleno século XXI estes fenômenos adquiram ainda mais amplitude. Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade, o problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelectuais que lhes permitam compreender o mundo que as rodeia e comporta-se nele como atores responsáveis e justos. Mas do que nunca a educação parece ter como papel essencial conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino.

Texto: DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. S. Paulo: Cortez, 1998. p. 89-102.

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