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Autoria: Jeferson Marques, Renan Mascarenhas e Wagner Paulo

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ensino Fundamental de 9 anos

Uma das apostas do governo para a educação no país, a mudança do ensino fundamental de 8 para 9 anos, divide opiniões e levanta muitas questões. 


A proposta do Ministério da Educação (MEC), consiste em dar maiores oportunidades para a aprendizagem das crianças e, com isso, assegurar uma melhoria na qualidade do ensino. 

Com isso, crianças aos 6 anos de idade são admitidas no primeiro ano, e concluem esta etapa aos 14. Os debates a respeito tiveram início por volta de 2004, e a implantação começou nos anos seguintes. O governo federal estabeleceu como prazo máximo para essa mudança o ano de 2010. 

Passados quatro anos desde o prazo fixado pelo governo, o assunto deixa no ar questões cujas repostas ainda não parecem claras. 

Talvez, a principal delas se refira aos resultados: se de fato, houve algum avanço e de que forma se pode avaliar esse avanço? 

Em um primeiro momento, parece não ser possível contemplar uma mudança positiva, sobre a melhoria da educação. Na verdade, a impressão que permanece é aquela já conhecida mesmo antes desta proposta vir à tona. 

 Essa indagação, nos conduz a outra: que fator, ou fatores, contribuíram para que o intuito da mudança no ensino fundamental não se concretizasse? 

Caiu-se outra vez no velho dilema: teoria e prática. O que no campo da educação parece ser impossível a aplicação com sucesso. 

A conclusão mais evidente é de que o caminho para uma melhoria efetiva do ensino no país, passa por uma série de fatores muito mais abrangentes do que a mudança elaborada pelo MEC. O que não significa falta de mérito no projeto, contudo, a educação do país está condicionada, sobretudo, por um fator social. Enquanto não se dispuserem a intervir também nessas outras dimensões que a escola abarca, uma mudança real não será visível, não obstante, existam boas ideias. 


A solução, certamente, passa primeiro por uma conscientização individual que assume uma dimensão coletiva, e sem duvidas, se realiza em pequenas ações educativas que vão se integrando e formando uma realidade concreta. A criatividade e o engajamento de novos educadores representam um elemento fundamental para uma mudança real. Agir a partir deles e com eles, e não, sobre eles, tende a ser a chave para compreender e fazer educação hoje.

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